ABSTRACT
OBJETIVO: Determinar a incidência de fibrilaçäo atrial e flutter (FAF) no pós-operatório de revascularizaçäo do miocárdio (RM), bem como os fatores preditivos e a influência destas arritmias sobre o período de internaçäo hospitalar. CASUíSTICA E MÉTODOS: Foram analisados 275 pacientes submetidos à operaçäo de revascularizaçäo do miocárdio isolada ou associada à correçäo de aneurisma de ventrículo esquerdo. A idade variou de 26 a 83 anos, com média de idade de 58,7 ± 9,5 anos. Cento e noventa e seis pacientes (71,3 por cento) eram do sexo masculino. RESULTADOS: A incidência total de fibrilaçäo atrial e flutter pós-operatórios foi 16,4 por cento com pico de incidência ocorrendo no segundo e terceiro dia de pós-operatório. Idade avançada, sexo masculino e história de fibrilaçäo atrial ou flutter no pré-operatório foram identificados como fatores preditivos independentes de fibrilaçäo atrial ou flutter no pós-operatório. Os pacientes que apresentaram FA ou flutter no pós-operatório em média 36 horas a mais na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 4,8 dias a mais hospitalizados. CONCLUSÄO: A FA e flutter säo arritmias comuns no pós-operatório de revascularizaçäo do miocárdio, tendo efeito significativo sobre os tempos de permanência na UTI e de internaçäo hospitalar